Intercâmbio. Tudo começou em 1987. E lá se vão 30 anos !
Viajei muito por esse mundo afora. Procurei fazer pelo menos uma viagem a cada semestre para conhecer pessoalmente os programas que recomendaria para os meus estudantes. Conversei com diretores das escolas, o pessoal administrativo, os departamentos específicos. Hospedei-me em casas de família e em residências de estudantes. Comi no bandejão das escolas e me convidei para jantar com as famílias hospedeiras.
Andei de ônibus e metrô. Fui a supermercados e a shoppings. Aprendi o que as pessoas gostavam de comer e a diferenciar o que era costume do que era moda. Conversei com motoristas de taxis para que me explicassem sobre o funcionamento do trânsito e com policiais que faziam guarda nas esquinas para me falarem sobre segurança. Aprendi a conversar com oficiais de imigração no momento da chegada ao país e a entender o motivo daquelas caras feiase nada hospitaleiras. Aprendi a aceitar as diferenças, sem críticas. E fiz amigos incríveis que hoje considero como parte de uma imensa família.
Ao longo desses anos tive a alegria e o privilégio de conviver com jovens de todas as idades, das mais diferentes camadas sociais, ideias, sonhos, conquistas, sucesso e fracassos. E todas as experiências e conhecimentos que acumulei ao longo desses anos compartilho com meus futuros intercambistas na esperança de ajudá-los nessa tão difícil decisão de forma simples e realista, para que façam a escolha certa, que estejam preparados para passar por situações inesperadas ou pelo menos, que tenham sido alertados sobre o pode acontecer
O valor de uma educação internacional é amplamente reconhecido, qualquer que seja o nível - do ensino médio a pós graduação. E eu continuarei a ser a maior incentivadora. Viajar nos dá a certeza que sempre temos algo mais a aprender.