Valquiria Mac-Dowell
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Munich, a Capital da Bavária

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A primeira coisa que se descobre quando chega em Munich é que você não está na Alemanha, mas na BAVARIA!  A diferença já começa pela bandeira azul e branca quadriculada hasteada por toda a cidade.  Munich tem muito do que se orgulhar: uma cidade com pouco mais de 800 anos (foi fundada em 1158) moderníssima por um lado contrastando com a parte histórica perfeitamente restaurada já que a cidade sofreu muito durante os bombardeios das duas grandes guerras.

A melhor maneira de conhecer a cidade é a pé pelo centro histórico. Um tour pelos pontos principais leva em torno de 2 horas.  Começando pela Marienplatz qualquer direção que você decida tomar vai chegar a um ponto ou monumento histórico.  A Marienplatz já oferece 3 atrações  mas é claro que todo bom turista chega curioso para ver a Glockenspiel que fica no alto da torre da prefeitura, entrar em ação. Procure estar lá ao meio dia para ouvir o carrilhão e ver o desfile das 32 figuras em tamanho quase natural representando nobres bávaros, santos e personagens do folclore local.   É como ir a Roma e não ver o papa.  Ah, na Marienplatz tem internet aberta e grátis.

A Oktoberfest nasceu em Munich e teve início em 1810 por ocasião do casamento do futuro Rei Luis e tornou-se a maior festa do país.  Reza a lenda que o futuro rei convidou todos os seus súditos para a festa de seu casamento em outubro – muita comida e vinho à vontade.  Foi uma festa tão alegre e comemorada por todos que o futuro rei prometeu que no ano seguinte a festa seria realizada novamente só que desta vez os convidados teriam que levar sua própria comida e bebida.  Como os súditos não tinham dinheiro para comprar vinho, levaram cerveja e a partir daí nasceu a tradição da festa da cerveja.

Para quem está com a academia em dia, uma boa pedida é subir na torre de Peterskirche, a igreja mais antiga da cidade.  São 306 degraus e só dá para subir a pé, mas de lá se tem a vista mais linda da cidade. 

Munich também tem a sua “Rodeo Drive” – a Maximillianstrasse – todas aquelas marcas famosas cujas vitrines deixam a gente babando.  Mas quando se está em um lugar tão lindo como esse é melhor deixar as compras de lado e curtir o que se tem em volta. 

É passando por essa “tentação” que se chega ao Residenz Museun, uma das maiores jóias de Munique e o maior palácio urbano da Alemanha. Vale a pena passar 2 a 3 horas por lá, com o queixo caído ao ver tanta beleza.  E pensar que foi totalmente destruído durante a 2ª. Guerra.  O trabalho de restauração foi impecável.

Agora batendo aquela fominha  nada melhor que conhecer o Viktualienmarktum dos maiores mercados de alimentos ao ar livre da Europa, cheio de barracas de comidas e lojas de lembrancinhas.  Degustação em quase todas elas o que já equivale a um almoço para quem provar de tudo. Tem pães, frutas, queijos, legumes, vinhos, molhos, doces e outros alimentos tipicamente alemães. O aroma das diversas wursts, do lombo e do joelho de porco  se espalham pelo ar e acompanhados por chucrutes e batatas e mais aquela cerveja típica da Bavária não tem igual no mundo.  Mas leve cash.  As barraquinhas não aceitam cartões.

O sistema de transporte é muito eficiente.  Já do aeroporto é possível pegar o S-Bahn  (metrô de superfície) para chegar ao centro de Munich. O aeroporto fica longe, o táxi para o centro fica em torno de 70 euros, enquanto o metro sai por 11-12 euros aproximadamente.  O centro é coberto por algumas linhas do U-Bahn (subterrâneo).  Sendo assim a gente até se anima a ir mais longe para conhecer a Alianz Arena, o estádio do Bayern de Munich, construído em 2005 para a Copa do Mundo de 2006.

Munich também se caracteriza pela influência italiana.  É grande a quantidade de italianos residentes na cidade e muitos monumentos foram copiados da Italia.   Tem até uma Julieta que pelas marcas em seu corpo entende-se que a mesma crença é dispensada à estátua alemã.

Há muito que se ver em Munich, impossível mencionar todas as suas belezas, todos os seus monumentos, todos os seus pontos turísticos, todos os prédios históricos em um único artigo.  Apesar da mancha de ter sido sede do Partido Nazista, a cidade deixou a história para traz e procura receber seus visitantes com uma vibrante energia registrada pela natureza no belíssimo  Englisher Garten (maior que o Central Park) e seus “biergartens”.   Só estando lá para saber!